
Emponchados acorrem aos galpões;
e o calor que se transmitem,
explode em lavaredas no fogão.
Há timidez de gestos escondidos,
no amargo chimarrão que vai e vem;
e abraços nunca dados recolhidos,
no medo sem razão de querer bem.
Corre o mate, verde-amargo,
essência da solidão;
e o verde do campo-fora
funde aos campos do interior.
A távola redonda que conhecem
é o raso dos fins de tarde,
ao redor das chamas claras
do fogo a brotar do chão.
As palavras, poucas e contidas,
chamas acrescidas ao fogo a crepitar,
engarupam-se nos gestos quentes
da expressão rudimentar.
Vale mais a confiança adquirida,
no diário labutar contra os perigos,
do que palavras para se entenderem.
Arquipélagos de humanas solidões!
A bomba, agulha de prata,
costura seus destinos invisíveis,
com o fio invisível do amargo
e mesmo fim!