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29/08/2009
18:19:52 |
ÚLTIMOS MATES |
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Já tô sentindo
o puaço nas costelas...
meio embretado,
nos setenta e sete;
sinto as rosetas
desta vida; e elas
ainda me empurram,
pr'eu ganhar o brete.
Já redomão não sou;
mais, inda, arisco;
tartamudeante,
vou trocando orelha,
a ver se ganho, ao tempo,
mais um tisco,
p'ra mais uns mates
meio, assim, de esguelha.
E a cada sorvo
sinto que o porongo
me faz a seiva
menos agridoce;
e, hoje, os meus mates
parecem mais longos...
E a la grã cria!
Todos já partiram...
e me deixaram só,
como se eu fosse
resto de fogo,
que as cinzas já cobriram! |
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Autor:
Aécio Kauffmann |
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Poesia enviada Por:
Aécio Kauffmann - Porto Alegre / RS |
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Observações:
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