Joveniano Centeno era flaco de corpo e largo de alardes Num cair
de tarde de quase janeiro, apeou na venda do Noquinha e foi molhar
a palavra, como era de costume. Pé no cepo, cotovelo na mesa, por lá
foi se ficando numa mais outra. Quando o lusco-fusco já aquietava os
cuscos, colocou a bota fora do portal e se deparou com o seu cavalo
tordilho, pintado de verde. Respirou fundo e entrou na venda, se
plantando embaixo do lampião com pose de quero-quero. Se tem mãe
de respeito, quem fez o desaforo que se apresente, gritou Jovenciano.
Lá do fundo da venda, caminhando devagar como quem trafega atoleiro,
vem vindo Salustiano, um “aspa-torta” com dois metros de altura e uma
“feiúra de partir espelho”. Vinha limpando as unhas com uma
carneadeira luminosa. – Pois um matungo na cor dos campos te serve
melhor de montaria, seu maturrango! – falou e disse o desabusado.
“Bêbado de susto” e atropelo, Jovenciano teve tempo apenas de aliviar
os acontecidos. - Êpa, êpa! – retrucou Jovenciano. – Eu só vim avisar que
a primeira demão já ta sêca, chê!