
Um vivente, que morava na campanha, uma vez por mês
ia até a cidade, de a cavalo, para fazer compras. Certa
feira, numa das suas vindas de volta para o rancho, o
índio parou na sombra de uma árvore, para comer um
friambre. Depois, de pandulho cheio, encostou-se e tirou
uma rápida soneca. Mas ao acordar não encontrou mais
o seu cavalo. Seguiu, então, a pezito, até um vilarejo.
Chegando lá foi direto a uma pensão pedir uma pousada.
A dona da pensão falou ao xiru: só tem um quarto, mas
já está reservado para um casal que vem para a lua de
mel. O gaúcho, então, respondeu-lhe: eu fico só até eles
chegarem; depois vou embora. E lá ficou o vivente,
tranquilito no más. De repente o casal chega e o xiru não
conseguiu sair do quarto. O jeito foi entrar embaixo da
cama. Lá pelas tantas a prenda começou a preparar-se,
tirando a blusa; e quando retirou o corpinho, o esposo
disse: ESTOU VENDO MEIO MUNDO PELA FRENTE! Nesse
instante o xiru velho, debaixo da cama, gritou com voz
firme: OLHA, TCHÊ! SE ENXERGAR O MEU BAIO POR AÍ
ME AVISA!