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25/12/2010
14:05:19 |
PEDIDO DE NATAL |
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Aqui é um peão missioneiro, que ao bom Deus faz um pedido; sem querer ser atrevido peço um pequeno presente. E o Patrão, que é onipotente, que a todos dá uma mão, Lhe peço só um minuto de Sua sagrada atenção.
Assim, com todo respeito, eu Lhe faço meu pedido: se não for tempo perdido eu pediria ao Senhor, se desaforo não for, volteasse tempo e distância, com Sua mão de bondade, devolvesse minha infância.
Pois ficaria contente esta minha alma reúna, que não liga pra fortuna, só me basta ter saúde; voltaria à infância rude no meu pago missioneiro, revendo alguns de meus sonhos junto ao fogo galponeiro.
E na criança que fui, correndo os campos do pago, esta vontade que trago de rever coisas passadas. Saudade passa encilhada com meus aperos e garras; e o tempo puxando as rédeas do meu flete de taquara.
Eu queria andar na estrada - na garupa, meus brinquedos - bem à vontade e sem medo, nos bons tempos, sem violência. E na minha doce inocência marcaria a face nua com um beijo simples e puro na minha velha mãe chirua.
Neste pedido campeiro, no meu sonho de criança, eu faria esta minha andança revendo cada momento; queria correr com o vento, nem que fosse só um pouquinho, com a mão amiga de meu pai a guiar o meu caminho.
Seria o melhor presente para este peão do Senhor; e assim, se preciso for, reforçaria o pedido, guardando junto comigo um regalo sem igual, pra completar a magia desta Noite de Natal! |
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Autor:
Jorge Lima |
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Poesia enviada Por:
Jorge Lima - São Miguel das Missões / RS |
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Observações:
Poesia do livro ESSÊNCIA NATIVA, do autor, publicada no BL em 15.11.2006 e republicada em 25.12.2010. |
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