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19/12/2010
23:56:44 |
TEMPOS DE INFÂNCIA |
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Na minha infância vivida na campanha, em meu ranchito, passava horas lidando com os meus sonhos de piazito, sob a sombra de um Umbu; em parceria ou solito, enchia a alma de alegria naqueles tempos benditos. Minha modesta estância tinha milhares de encantos; o Rancho de pau-a-pique, um verdadeiro recanto; no galpão, onde a peonada entoava canto e poesia num xucro ritual campeiro: a tradição em parceria. Quando amanhecia o dia, após uma churrasqueada, encilhava o pingo baio, pra dar uma campereada em muitas léguas de campo, por canhadas e coxilhas, com o Minuano na cara, cruzando sobre as flechilhas. Meu gado era bem gordo, bonitas reses de espinhos, que todos os dias lidava com muito jeito e carinho; levava, sempre, à mangueira, que pertencia à estância, pra marcar uma por uma, matando minha própria ânsia. As horas iam passando. E eu, na lida entretido. Sobre o lombo do cavalo, os bons momentos vividos. Após o gado solto ao campo, que já tinha sido marcado, mangueava o rebanho de ovelhas, pra curar os abichados. Ao meio-dia, na estância, era uma festa formada: o chimarrão e o churrasco, com o capataz e a peonada. No velho sistema antigo, sob a quincha do galpão, o gauchismo se acampava em perfeita comunhão. Após um breve descanso continuava a jornada lá na invernada do fundo, a lidar com a cavalhada; eram fletes puros de raça, especiais de montaria para os serviços campeiros, do início ao final do dia. Hoje eu carrego nas costas o peso de uma saudade daqueles tempos de infância, de pura felicidade. Mas, se Deus fizesse, um dia, voltar o passado ao presente, todo o esforço eu faria pra ver tudo novamente! |
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Autor:
Edson Paim de Vargas |
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Poesia enviada Por:
Edson Paim de Vargas - Quaraà / RS |
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Observações:
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12/09/2015
18:32:11
CATARINA SANTOS SANTOS - CURITIBA / PR - Brasil |
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alguém conhece a poesia, MINHA INFÂNCIA de Jayme Caetano Brau, eu não encontrei grata |
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Sítio:
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